Os novos créditos à habitação pagam em média um juro de 2,133% segundo divulgou o Instituto Nacional de Estatística tendo por base os novos contratos celebrados entre dezembro e fevereiro de 2016. Considerando apenas o crédito habitação para aquisição de imóveis (ou seja, não incluindo o que, sendo crédito à habitação, tem por fim a reabilitação ou a construção) a taxa de juro implícita nos novos contratos é ainda mais baixa, em concreto, 2,099%.
Se olharmos para a taxa de juro implícita de todos os contratos de crédito à habitação vivos, o valor é significativamente inferior: 1,163%. A taxa de juro implícita média, recorde-se, inclui o indexante (ou o valor de taxa fixa) adicionado do spread. Se a diferença entre novos e antigos créditos vivos é ainda ligeiramente inferior a um ponto percentual.
A evolução registada nestes indicadores e, em particular, nos novos créditos à habitação resulta de uma tendência de longo prazo que estará a combinar, por um lado, a continua descida das taxas de juro dos indexantes mais utilizados (Euribor) promovida pela evolução macroeconómica e pela política monetária do BCE, e, por outro lado, pela redução dos spreads cobrados pelas instituições financeiras, corrigindo a reação que levou a uma forte subida dos mesmos na sequência da crise financeira de 2007/2008.
O INE apura estes números utilizando informação administrativa enviada pelas instituições bancárias, ao INE, ao abrigo de um protocolo existente.
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