quinta-feira, 14 de setembro de 2017

Recibos verdes até 630 euros mensais vão ficar isentos de IRS

O Governo e os aliados parlamentares estão a negociar uma descida dos impostos para os trabalhadores que passam recibos verdes, com o intuito de alargar a isenção de IRS também aos trabalhadores independentes.
A notícia é que os rendimentos obtidos por via de recibos verdes até aos 632 euros mensais também poderão vir a beneficiar da isenção do IRS.
A medida está ainda em negociações entre o Governo e Bloco de Esquerda e PCP, mas poderá já ser incluída no Orçamento de Estado do próximo ano.
O objetivo é aplicar ao trabalho independente o mesmo princípio do “mínimo de existência” que é utilizado na isenção de IRS para os trabalhadores dependentes com menores rendimentos e as pensões mais baixas.
Atualmente, um trabalhador independente que ganhe 8.500 euros anuais paga cerca de 675 euros de IRS. Com a medida que está em preparação, ficará isento do pagamento do imposto.

Assim, subiria dos 8.500 euros atuais para os 8.846 euros, ou seja, 1,5 vezes o IAS em termos anuais, sendo a isenção de IRS alargada também aos recibos verdes.

segunda-feira, 11 de setembro de 2017

Já é possível levantar dinheiro no multibanco sem dinheiro. Saiba como fazê-lo.

A aplicação MB Way permite fazer levantamentos no multibanco, sem recurso a cartões bancários.~
MB Way

Em quase todas as carteiras dos portugueses há pelo menos um cartão bancário (seja ele de crédito ou de débito). Essencial para fazer pagamentos e levantamentos em dinheiro, os cartões bancários tornaram-se num meio de pagamento indispensável das famílias portuguesas. No entanto, cada vez mais surgem soluções tecnológicas que estão a dispensar o uso do chamado “dinheiro de plástico”. Exemplo disso mesmo é a nova funcionalidade da aplicação MB Way, da responsabilidade da SIBS.

Os utilizadores desta aplicação podem fazer levantamentos em dinheiro no multibanco sem que seja necessário o recurso a qualquer cartão bancário. Basta ter o telemóvel consigo. Confuso? O Dinheiro Vivo explica como funciona. A aplicação gera um código de 10 dígitos que os utilizadores terão de introduzir na caixa de multibanco e é esse código que permitirá o levantamento do montante pretendido. Este código é válido durante um período de 30 minutos. Se o utilizador não fizer o levantamento dentro deste período, o código é desativado e o consumidor terá de solicitar um novo código para poder fazer o levantamento desejado. Uma nota adicional: Para fazer este tipo de levantamentos não tem necessariamente de ter a ‘app’ instalada no seu smartphone. Segundo explica a SIBS, no site da aplicação,”se não for cliente MB Way pode receber, via sms, o código gerado na app por um utilizador MB Way”. Esta aplicação – que já permitia fazer pagamento e transferências através do smartphone – está disponível para os aparelhos com sistemas Android; iOS e Windows.

A porta de entrada para uma carreira internacional: INOV

Mais de cinco mil jovens fizeram estágios em 1100 entidades espalhadas por 80 países nos últimos 20 anos.
Inov

Quando terminou a licenciatura em Economia, aos 23 anos, Francisco Neto tinha "imensa vontade de ver coisas lá fora, de ter contacto com o exterior". Foi isso que em 1997 o levou a inscrever-se na 1.ª edição do INOV Contacto, um programa de estágios profissionais feito em contexto internacional, gerido pela aicep Portugal Global. Durante nove meses estagiou na filial brasileira da empresa de plásticos Logoplaste, em São Paulo. "Aconteceu uma combinação maravilhosa. Fui colocado numa empresa fantástica, num país maravilhoso e na melhor cidade do mundo. Um casamento bestial, apesar de só ter conhecido a noiva à porta da igreja." Ou seja, Francisco só soube qual era a empresa e o destino poucos dias antes de embarcar.
Após o estágio, foi contratado pela empresa, onde permaneceu 12 anos. Passou pelo Reino Unido, Itália, Estados Unidos, México, Canadá. "O INOV Contacto foi uma porta de entrada numa empresa bestial, que me permitiu uma carreira internacional. Trabalhei em três continentes e em dez países." Enquanto estava na empresa, acolheu os estagiários do programa que por ali passaram "e mais de metade foram recrutados para diferentes partes do mundo". Trabalhou na Corticeira Amorim, na Vicaima e na reabilitação do Mercado do Bolhão, no Porto. "Há dois anos fui desafiado para relançar a Ach. Brito, para dar uma dimensão internacional a uma empresa centenária." Acabado de chegar de Nova Iorque, Francisco diz que "para quem quiser ter uma experiência plena, divertida, com trabalho, esta é a plataforma. É quase um caso de estudo".
Os jovens que queiram inscrever-se no programa podem fazê-lo até ao próximo dia 15 de setembro, mas para as entidades de acolhimento as candidaturas prolongam-se até ao final do mês. Para a 22.ª edição estão previstos 250 estágios remunerados - com bolsa e subsídio de estada -, que decorrem em qualquer parte do mundo, pelo período de seis meses, "numa entidade ou empresa selecionadas de acordo com o seu reconhecido interesse e mérito nacional e/ou internacional".O INOV Contacto destina-se a jovens até aos 29 anos que não estejam a trabalhar nem a estudar à data do estágio. Os requisitos passam por formação superior, domínio do inglês, motivação para de-senvolver uma carreira internacional e disponibilidade para viver no exterior. "A seleção é feita de forma bastante exigente e rigorosa. O facto de os jovens não poderem escolher o seu destino de estágio, mas este ser atribuído em função das suas valências e das necessidades identificadas pelas entidades, é também um fator distintivo", diz Luís Castro Henriques, presidente da aicep. Antes de viajarem, os participantes são integrados num campus, onde ficam durante dois dias.
Largar emprego fixo
O Brasil foi também o país de destino de António Nascimento, um jovem de 29 anos que trabalhava num banco há dois anos quando decidiu largar o emprego para se candidatar ao INOV Contacto. "Não gostava do que fazia e não tinha perspetivas de carreira a curto prazo. Além disso não tinha nenhuma experiência internacional e não tinha nada a perder", justifica. Estávamos em 2012 quando iniciou o estágio na Casa de Santa Vitória, empresa do grupo Vila Galé, tendo sido enviado para Salvador da Bahia, no Brasil. "Queriam alguém para dinamizar o mercado brasileiro, onde a empresa tinha quatro distribuidores."
Durante os seis meses de estágio, António, licenciado em Gestão de Empresas, visitou distribuidores, detetou necessidades e fez sugestões de melhorias. "Tive a possibilidade de ter uma experiência internacional, conhecer bem outro mercado e uma cultura completamente diferente da nossa. Só a língua é que é igual." Já a empresa "teve a oportunidade de ter alguém com competências no mercado sem um grande investimento". Quando terminou, foi convidado a permanecer na organização, tendo ficado responsável pela gestão em Portugal. "Passei a gestor de conta, cresci e alarguei responsabilidades. Hoje sou responsável pelo mercado nacional e de exportação."
Até aos altos quadros
Vítor Gregório, 42 anos, não tinha grandes expectativas quando se candidatou ao programa em 1998. "Sabia que a triagem era difícil." Tinha terminado a licenciatura em Gestão e, após uma boa experiência em Erasmus, desejava "ter uma carreira internacional". Candidatura aceite, viajou para o Chile para estagiar na Bosch Thermotechnology. "Foi uma experiência fantástica. Quando cheguei ao Chile havia um plano para o qual tinha sido preparado em Portugal. O programa estava muito bem desenhado", recorda. Ainda durante o estádio recebeu uma proposta formal da Bosch para trabalhar na Vulcano em Portugal. Um gesto que o tocou, visto que ainda ia a meio do programa. Voltou para Portugal, onde ficou como responsável de vendas para exportação, tendo ficado a desenvolver mercados da América Latina e a abrir novos mercados. Seguiu para a Argentina, passou pelo Brasil e voltou para Buenos Aires, onde casou. Regressou ao Brasil e desde março de 2015 que está nos Estados Unidos. É responsável regional da Bosch Termotecnologia na América do Norte. "O programa marcou a minha carreira e a minha vida. Desenvolvi uma carreira fora do país sem nunca perder o cordão umbilical a Portugal. O networking que se gerou nessa geração foi fantástico. É uma coisa que se leva para a vida."
Vítor não tem dúvidas de que uma das coisas que o distinguem enquanto gestor resulta de "ter vivido em diferentes culturas e da capacidade de se adaptar às mesmas". Algo que conseguiu graças ao INOV.
Mais de cinco mil estágios
Até ao momento foram realizados mais de cinco mil estágios em 1100 empresas espalhadas por 80 países, sobretudo no setor da consultoria, tecnologias de informação, organizações multilaterais e institucionais (nacionais e estrangeiras), turismo e vinhos. A taxa de empregabilidade é de 70%, cerca de 60% em empresas nacionais. Cerca de 30% dos estagiários mantêm-se nos mercados externos, 70% regressam a Portugal.
O grupo Bosch é um dos que têm recebido estagiários do INOV Contacto. "Ao longo dos últimos 20 anos recebemos 52, 15 dos quais ficaram a trabalhar, fazem parte dos quadros. Além disso, recebemos 12 ex-estagiários que não fizeram estágio na empresa mas foram contratados por nós", adianta ao DN João José Ferreira, diretor de recursos humanos da Bosch Termotecnologia. Para o grupo, "é um valor acrescentado enorme ter 27 ex-estagiários do programa com experiência internacional".

Chile, Brasil, Argentina, Alemanha, China e México foram alguns dos destinos por onde passaram os jovens selecionados para estágio na Bosch. "Ficam um mês em Aveiro ou em Lisboa e depois vão para fora", explica. Após uma "seleção criteriosa", os estagiários "levam know-how para as organizações lá fora". Segundo João José Ferreira, "há uma integração muito positiva e um valor acrescentado para a organização". Além disso,prossegue, "o programa é uma ótima forma de recrutar. Se no currículo tiver INOV Contacto, temos garantias de que é um candidato para assumir funções".

Remuneração dos membros da junta e assembleia de freguesia

Consultando o Portal Autárquico encontrámos alguma informação que permite responder à pergunta “Quanto recebe um presidente de junta de freguesia?” E a resposta é complexa, acreditem, pois o vencimento pode existir ou não e tem valores muito diversificados, estando dependente de fatores como o número de eleitores da respetiva unta de freguesia ou do regime de dedicação em exclusividade ou não, a tempo inteiro ou a tempo parcial.

Salário Integral:
Das 3091 freguesia existentes em Portugal no ano de 2017 apenas em 224 existem presidentes de junta a tempo inteiro que têm direito a remuneração integral. Note-se que estes são presidentes em juntas com mais de 10 mil eleitores ou, em alternativa, tendo mais de 7 mil eleitores, tenham uma área de pelo menos 100 km2.
Estes 224 presidentes de junta têm assim direito a:
·         Remuneração deduzida da compensação mensal para encargos;


·         Despesas de representação (12 vezes por ano);

·         Dois subsídios extraordinários anuais de montante igual à remuneração (equivalente a subsídio de férias e de natal);

·         Segurança Social e Subsídio de Refeição (igual ao da Função Pública).

Metade do Salário Mensal:
Em 2017 havia ainda mais 188 presidentes de junta de freguesia com remuneração mensal mas, neste caso, apenas correspondente ao regime de meio termo, aplicável a freguesias com entre 5 mil e 10 mil eleitores ou, em alternativa, com mais de 3,5 mil eleitores e áreas de pelo menos 50 km2.
Neste caso recebem apenas metade de:
·         Remuneração deduzida da compensação mensal para encargos;
·         Dois subsídios extraordinários anuais de montante igual à remuneração (equivalente a subsídio de férias e de natal);
Entre remuneração completa ou meio salário, havia assim 412 presidentes de junta de freguesia com vencimento mensal de entre os 3091 presidentes de junta existentes no país.

Sem Salário Mensal:
E quanto ou o que recebem os restantes? E qual é efetivamente o valor da remuneração nos casos anteriores?
No Portal Autárquico é apresentada uma tabela que esclarece essas dúvidas e que aqui reproduzimos em baixo. Poderá constatar que nas freguesias mais pequenas as remuneração é simbólica (entre €274,77 e € 366,36), valor ainda mais simbólico para tesoureiros, secretários e membros da assembleia municipal, podendo ainda haver lugar a senhas de presença (ou não).

Recorde-se que todos estes valores são brutos, incidindo sobre eles IRS e contribuições para a Segurança Social ou Caixa Geral de Aposentações.

segunda-feira, 4 de setembro de 2017

Apoios a jovens empreendedores através do Empreende Mais (+)

A iniciativa Empreende Mais (+) destina-se a jovens empreendedores que pretendam criar um negócio por conta própria numa das seguintes áreas: arquitetura, design e publicidade, e software.
Trata-se de um projeto dinamizado pela Associação de Jovens Empresários e Empreendedores Católicos de Ação Nacional (JEEC-AN) e cofinanciado pelo Compete 2020 no âmbito do Portugal 2020 e tem como objetivos estratégicos:
Apoiar de forma eficiente o empreendedorismo, através da criação de condições para o surgimento de projetos de jovens empreendedores;
Facilitar e estimular o aparecimento de novas empresas (startups) empenhadas na internacionalização competitiva da economia portuguesa e focadas em atividades de médio-alto conhecimento e/ou tecnologia.
 Conheça o regulamento da iniciativa Empreende Mais (+) aqui.



sexta-feira, 1 de setembro de 2017

Entram hoje em vigor as comissões polémicas da CGD

Entram hoje em vigor as comissões polémicas da CGD. Saiba como fugir delas.

Entrou hoje em vigor o novo preçário da Caixa Geral de Depósitos (CGD). As comissões vão rondar os 62 milhões de euros anuais e as novas contas-pacote podem chegar aos 112 milhões por ano. Mas o portal de defesa do consumidor, Deco, apresenta soluções para pagar menos ou, em alguns casos, não pagar nada.
De fora dos aumentos da CGD ficam os reformados com mais de 65 anos que recebam uma pensão até 835,50 euros e as contas com um único titular até 25 anos. Os restantes clientes terão de pagar 61,80 euros anuais por disponibilizarem o seu dinheiro ao banco, mesmo que domiciliem o ordenado ou a pensão.
As alternativas propostas pela CGD são as novas contas-pacote S, M e L.
Na conta S, mais económica, o cliente suporta 49,92 euros para ter acesso a um cartão de débito e apenas duas transferências interbancárias online por mês. Caso tenha o ordenado domiciliado ou um património financeiro igual ou superior a cinco mil euros, o custo baixa para 31,20 euros anuais.
No caso da conta L, “oferece” as anuidades de dois cartões de débito e dois de crédito, transferências interbancárias online ilimitadas e seguros de acidentes pessoais e de assistência ao lar. O valor pode chegar aos 112,32 euros por ano, se não domiciliar o ordenado ou pensão ou tiver um património inferior a cinco mil euros.
Por sua vez, a conta M limita as transferências a três operações por mês e não inclui o seguro de assistência ao lar. Tem um custo que varia entre 4,16 euros e 6,24 euros mensais.
No seu site oficial, a Deco Proteste contesta estes aumentos. “Desde o primeiro momento nos manifestámos contra esta injustificável alteração de preçário do banco público e temos denunciado junto das autoridades o sucessivo aumento das comissões em todos os bancos”.
No caso dos clientes que têm uma simples conta bancária na CGD, sem domiciliação de ordenado ou pensão, e um cartão de débito, a solução passa por ter “uma conta isenta de custos de manutenção e sem anuidade do cartão no Banco CTT ou no ActivoBank. Os dois concorrentes permitem poupar, face à Caixa, 80,52 euros”.
Se receber o ordenado ou a pensão na CGD e se tiver cartão de débito e crédito, mas não preenche os critérios de isenção definidos, “a única forma de garantir a isenção das despesas de manutenção é usar cada um dos cartões – de débito e de crédito – pelo menos uma vez a cada três meses. Assim, não pagará os 61,80 euros por ano das novas comissões”.
Já quem tem menos de 65 anos, receber uma pensão de invalidez e não tiver outros produtos associados à conta, a Deco Proteste tem outras soluções, nomeadamente o Banco CTT. “Não paga comissão de manutenção, pode fazer até três levantamentos gratuitos ao balcão por mês e tem direito a um cartão de débito gratuito. A poupança é de 61,80 euros por ano”.

Para quem recebe o ordenado na conta, tem um crédito à habitação e um cartão de débito, se as condições do crédito à habitação são vantajosas face às outras opções do mercado, a Deco Proteste sugere que mudar de banco não é solução. “Uma vez que movimenta a conta com o cartão de débito, a melhor opção será subscrever a conta S da CGD”.