segunda-feira, 9 de outubro de 2017

Recrutadores dizem o que mais importa no currículo


1.       Novas tecnologias e criatividade Na era das tecnologias, 84% dos consultores considera que fortalece o currículo incluir o contacto de skype, opinião partilhada por mais de metade (51,2%) dos candidatos entrevistados. Por outro lado, incluir um endereço de email não é valorizado por nenhuma das partes. Outra das conclusões mostra que 45,7% dos candidatos acredita que incluir os links dos perfis das redes sociais fortalece o CV e 68% dos consultores partilha a mesma opinião. A grande maioria (76,8%) dos inquiridos diz ainda que incluir uma fotografia própria no CV é outra maneira de fortalecer o documento.
2.       Informação extra e tom de escrita. Na altura de criar ou recriar o CV, diz o estudo da Michael Page, "é importante descrever com palavras-chave o trabalho e funções das experiências profissionais", sendo este fator importante para 91,8% dos candidatos e para todos (100%) os consultores, que analisam, em média, 100 currículos por dia. O tom de escrita casual não é aconselhado, sendo que a maioria dos candidatos (49,1%) e a maioria dos consultores (56%) consideram que enfraquece o texto. Deste modo, 89,9% dos candidatos considera importante adotar um tom profissional, opinião também partilhada por 96% dos consultores. Escrever o CV na primeira pessoa? As opiniões dividem-se: A maioria dos candidatos (46,6%) considera que isso fortalece o currículo, em oposição à maioria dos consultores (44%), que acredita que um CV escrito na primeira pessoa é um currículo mais fraco.
3.       Longevidade na empresa Relativamente à experiência de trabalho, 78,5% dos 564 candidatos entrevistados afirma que fortalece o currículo permanecer na empresa mais do que dois anos, e 92% dos consultores também pensa da mesma maneira.

4.       Características Pessoais "Todos achamos que somos super dinâmicos e superativos. Aquelas frases que antes se usava como “Aposte em Mim” ou “sou uma mais-valia para a sua empresa” e aqueles textos muito elaborados já não se usam. Hoje em dia há uma coisa que se utiliza muito que é um pequeno parágrafo no topo do CV com uma breve descrição daquilo que são as nossas melhores características e isso pode ser uma boa abordagem. Ainda assim, acho que qualquer que seja a característica boa ou menos boa deverá transparecer na entrevista e não estarmos nós a evidenciar que a temos", explica Ana Castro Dias, Consultora Sénior da Michael Page.


segunda-feira, 2 de outubro de 2017

Cartão do Cidadão o que muda?

A partir de Outubro, o Cartão de Cidadão passa a ter uma validade de dez anos. As alterações ao documento de identificação foram publicadas nesta quinta-feira em Diário da República.
Atualmente, os cartões têm uma validade de cinco anos, mas, agora, apenas os cidadãos com menos de 25 anos precisam de renovar o Cartão de cinco em cinco anos.
Há também novidades a destacar no que respeita ao custo, que vai subir de 15 para 18 euros no que respeita aos cartões com validade de dez anos. Os restantes mantêm o custo de 15 euros. No caso dos pedidos urgentes, verifica-se igualmente um aumento de três euros, ou seja, de 30 para 33.
A partir de 1 de outubro, será também possível pedir a renovação ou o cancelamento do Cartão de Cidadão na internet através do portal do cidadão.


Job Summit

Job Summit, apresentado como “a primeira feira de emprego virtual ‘a sério’ em Portugal”, promove dias 10 e 11 de outubro um evento de recrutamento ‘online’ no qual os candidatos vão analisar em direto ofertas de trabalho.
Organizado pelo Alerta Emprego, um portal de emprego que intermedeia contactos entre empresas, recrutadores e candidatos, o Job Summit propõe-se por em contacto virtual, em tempo real, “milhares de candidatos com dezenas de empresas e recrutadores”.

Segundo a organização, estão já inscritos “mais de 1.800 candidatos e 29 empresas de vários setores de atividade” no evento, que decorre dias 10 e 11 de outubro entre as 10h30 e as 20h00.
https://www.jobsummit.pt




Juro de certificados de aforro sobe e está acima da taxa média de depósitos a prazo

Em outubro de 2017, regista-se que o juro de certificados de aforro sobe e está acima da taxa média de depósitos a prazo. De facto, a taxa de juro bruta para novas subscrições de certificados de aforro fixa-se nos 0,671%, ligeiramente acima dos 0,669% oferecido em agosto, por exemplo. Nos últimos seis meses, a taxa tem oscilado em torno destes valores, em virtude de uma maior estabilização da euribor a três meses, o indexante que comanda a remuneração dos certificados de aforro (e que, sendo negativa, está a erodir o prémio implícito de 1% previsto neste produto).

Aforro

Esta taxa continua a ser historicamente baixa, ainda assim, está acima da taxa de juro média bruta oferecida pelos depósitos a prazo com prazo inferior a um ano. Segundo o BCE, a taxa de juro de novos depósitos (de prazo superior a 1 ano) às empresas e famílias, não foi além dos 0,43%.
Recorde-se que os certificados de aforro perderam o prémio de permanência generoso de 2,75 pontos percentuais que lhes havia sido atribuído até dezembro de 2016. Neste momento, está previsto um prémio de permanência de 0,5% a pagar a partir do 13º mês até ao final do 5º ano. E um adicional de mais 0,5% a contar do início do 6º até ao final dos 10 anos de prazo máximo dos certificados de aforro.
Atendendo a que os certificados de aforro podem ser movimentados a qualquer momento após os primeiros três meses, e atendendo também a que hoje é bastante mais fácil (nomeadamente através da plataforma aforro.net) proceder a subscrições (resgates só para os certificados de tesouro, por enquanto), podem ser uma boa solução para obter uma melhor remuneração para aplicações de curto prazo.
Para quem pretender aplicar as poupanças a um ano ou mais já serão menos interessantes do que os certificados do tesouro poupança mais.

Os certificados de tesouro têm como principal desvantagem o facto de não poderem ser levantados nos primeiros 12 meses, contudo pagam uma taxa bem mais interessante: 1,25% brutos no primeiro ano, subindo 0,5 pontos percentuais todos os anos até atingirem o máximo de 3,25% no 5º e último ano.

quinta-feira, 14 de setembro de 2017

Recibos verdes até 630 euros mensais vão ficar isentos de IRS

O Governo e os aliados parlamentares estão a negociar uma descida dos impostos para os trabalhadores que passam recibos verdes, com o intuito de alargar a isenção de IRS também aos trabalhadores independentes.
A notícia é que os rendimentos obtidos por via de recibos verdes até aos 632 euros mensais também poderão vir a beneficiar da isenção do IRS.
A medida está ainda em negociações entre o Governo e Bloco de Esquerda e PCP, mas poderá já ser incluída no Orçamento de Estado do próximo ano.
O objetivo é aplicar ao trabalho independente o mesmo princípio do “mínimo de existência” que é utilizado na isenção de IRS para os trabalhadores dependentes com menores rendimentos e as pensões mais baixas.
Atualmente, um trabalhador independente que ganhe 8.500 euros anuais paga cerca de 675 euros de IRS. Com a medida que está em preparação, ficará isento do pagamento do imposto.

Assim, subiria dos 8.500 euros atuais para os 8.846 euros, ou seja, 1,5 vezes o IAS em termos anuais, sendo a isenção de IRS alargada também aos recibos verdes.

segunda-feira, 11 de setembro de 2017

Já é possível levantar dinheiro no multibanco sem dinheiro. Saiba como fazê-lo.

A aplicação MB Way permite fazer levantamentos no multibanco, sem recurso a cartões bancários.~
MB Way

Em quase todas as carteiras dos portugueses há pelo menos um cartão bancário (seja ele de crédito ou de débito). Essencial para fazer pagamentos e levantamentos em dinheiro, os cartões bancários tornaram-se num meio de pagamento indispensável das famílias portuguesas. No entanto, cada vez mais surgem soluções tecnológicas que estão a dispensar o uso do chamado “dinheiro de plástico”. Exemplo disso mesmo é a nova funcionalidade da aplicação MB Way, da responsabilidade da SIBS.

Os utilizadores desta aplicação podem fazer levantamentos em dinheiro no multibanco sem que seja necessário o recurso a qualquer cartão bancário. Basta ter o telemóvel consigo. Confuso? O Dinheiro Vivo explica como funciona. A aplicação gera um código de 10 dígitos que os utilizadores terão de introduzir na caixa de multibanco e é esse código que permitirá o levantamento do montante pretendido. Este código é válido durante um período de 30 minutos. Se o utilizador não fizer o levantamento dentro deste período, o código é desativado e o consumidor terá de solicitar um novo código para poder fazer o levantamento desejado. Uma nota adicional: Para fazer este tipo de levantamentos não tem necessariamente de ter a ‘app’ instalada no seu smartphone. Segundo explica a SIBS, no site da aplicação,”se não for cliente MB Way pode receber, via sms, o código gerado na app por um utilizador MB Way”. Esta aplicação – que já permitia fazer pagamento e transferências através do smartphone – está disponível para os aparelhos com sistemas Android; iOS e Windows.

A porta de entrada para uma carreira internacional: INOV

Mais de cinco mil jovens fizeram estágios em 1100 entidades espalhadas por 80 países nos últimos 20 anos.
Inov

Quando terminou a licenciatura em Economia, aos 23 anos, Francisco Neto tinha "imensa vontade de ver coisas lá fora, de ter contacto com o exterior". Foi isso que em 1997 o levou a inscrever-se na 1.ª edição do INOV Contacto, um programa de estágios profissionais feito em contexto internacional, gerido pela aicep Portugal Global. Durante nove meses estagiou na filial brasileira da empresa de plásticos Logoplaste, em São Paulo. "Aconteceu uma combinação maravilhosa. Fui colocado numa empresa fantástica, num país maravilhoso e na melhor cidade do mundo. Um casamento bestial, apesar de só ter conhecido a noiva à porta da igreja." Ou seja, Francisco só soube qual era a empresa e o destino poucos dias antes de embarcar.
Após o estágio, foi contratado pela empresa, onde permaneceu 12 anos. Passou pelo Reino Unido, Itália, Estados Unidos, México, Canadá. "O INOV Contacto foi uma porta de entrada numa empresa bestial, que me permitiu uma carreira internacional. Trabalhei em três continentes e em dez países." Enquanto estava na empresa, acolheu os estagiários do programa que por ali passaram "e mais de metade foram recrutados para diferentes partes do mundo". Trabalhou na Corticeira Amorim, na Vicaima e na reabilitação do Mercado do Bolhão, no Porto. "Há dois anos fui desafiado para relançar a Ach. Brito, para dar uma dimensão internacional a uma empresa centenária." Acabado de chegar de Nova Iorque, Francisco diz que "para quem quiser ter uma experiência plena, divertida, com trabalho, esta é a plataforma. É quase um caso de estudo".
Os jovens que queiram inscrever-se no programa podem fazê-lo até ao próximo dia 15 de setembro, mas para as entidades de acolhimento as candidaturas prolongam-se até ao final do mês. Para a 22.ª edição estão previstos 250 estágios remunerados - com bolsa e subsídio de estada -, que decorrem em qualquer parte do mundo, pelo período de seis meses, "numa entidade ou empresa selecionadas de acordo com o seu reconhecido interesse e mérito nacional e/ou internacional".O INOV Contacto destina-se a jovens até aos 29 anos que não estejam a trabalhar nem a estudar à data do estágio. Os requisitos passam por formação superior, domínio do inglês, motivação para de-senvolver uma carreira internacional e disponibilidade para viver no exterior. "A seleção é feita de forma bastante exigente e rigorosa. O facto de os jovens não poderem escolher o seu destino de estágio, mas este ser atribuído em função das suas valências e das necessidades identificadas pelas entidades, é também um fator distintivo", diz Luís Castro Henriques, presidente da aicep. Antes de viajarem, os participantes são integrados num campus, onde ficam durante dois dias.
Largar emprego fixo
O Brasil foi também o país de destino de António Nascimento, um jovem de 29 anos que trabalhava num banco há dois anos quando decidiu largar o emprego para se candidatar ao INOV Contacto. "Não gostava do que fazia e não tinha perspetivas de carreira a curto prazo. Além disso não tinha nenhuma experiência internacional e não tinha nada a perder", justifica. Estávamos em 2012 quando iniciou o estágio na Casa de Santa Vitória, empresa do grupo Vila Galé, tendo sido enviado para Salvador da Bahia, no Brasil. "Queriam alguém para dinamizar o mercado brasileiro, onde a empresa tinha quatro distribuidores."
Durante os seis meses de estágio, António, licenciado em Gestão de Empresas, visitou distribuidores, detetou necessidades e fez sugestões de melhorias. "Tive a possibilidade de ter uma experiência internacional, conhecer bem outro mercado e uma cultura completamente diferente da nossa. Só a língua é que é igual." Já a empresa "teve a oportunidade de ter alguém com competências no mercado sem um grande investimento". Quando terminou, foi convidado a permanecer na organização, tendo ficado responsável pela gestão em Portugal. "Passei a gestor de conta, cresci e alarguei responsabilidades. Hoje sou responsável pelo mercado nacional e de exportação."
Até aos altos quadros
Vítor Gregório, 42 anos, não tinha grandes expectativas quando se candidatou ao programa em 1998. "Sabia que a triagem era difícil." Tinha terminado a licenciatura em Gestão e, após uma boa experiência em Erasmus, desejava "ter uma carreira internacional". Candidatura aceite, viajou para o Chile para estagiar na Bosch Thermotechnology. "Foi uma experiência fantástica. Quando cheguei ao Chile havia um plano para o qual tinha sido preparado em Portugal. O programa estava muito bem desenhado", recorda. Ainda durante o estádio recebeu uma proposta formal da Bosch para trabalhar na Vulcano em Portugal. Um gesto que o tocou, visto que ainda ia a meio do programa. Voltou para Portugal, onde ficou como responsável de vendas para exportação, tendo ficado a desenvolver mercados da América Latina e a abrir novos mercados. Seguiu para a Argentina, passou pelo Brasil e voltou para Buenos Aires, onde casou. Regressou ao Brasil e desde março de 2015 que está nos Estados Unidos. É responsável regional da Bosch Termotecnologia na América do Norte. "O programa marcou a minha carreira e a minha vida. Desenvolvi uma carreira fora do país sem nunca perder o cordão umbilical a Portugal. O networking que se gerou nessa geração foi fantástico. É uma coisa que se leva para a vida."
Vítor não tem dúvidas de que uma das coisas que o distinguem enquanto gestor resulta de "ter vivido em diferentes culturas e da capacidade de se adaptar às mesmas". Algo que conseguiu graças ao INOV.
Mais de cinco mil estágios
Até ao momento foram realizados mais de cinco mil estágios em 1100 empresas espalhadas por 80 países, sobretudo no setor da consultoria, tecnologias de informação, organizações multilaterais e institucionais (nacionais e estrangeiras), turismo e vinhos. A taxa de empregabilidade é de 70%, cerca de 60% em empresas nacionais. Cerca de 30% dos estagiários mantêm-se nos mercados externos, 70% regressam a Portugal.
O grupo Bosch é um dos que têm recebido estagiários do INOV Contacto. "Ao longo dos últimos 20 anos recebemos 52, 15 dos quais ficaram a trabalhar, fazem parte dos quadros. Além disso, recebemos 12 ex-estagiários que não fizeram estágio na empresa mas foram contratados por nós", adianta ao DN João José Ferreira, diretor de recursos humanos da Bosch Termotecnologia. Para o grupo, "é um valor acrescentado enorme ter 27 ex-estagiários do programa com experiência internacional".

Chile, Brasil, Argentina, Alemanha, China e México foram alguns dos destinos por onde passaram os jovens selecionados para estágio na Bosch. "Ficam um mês em Aveiro ou em Lisboa e depois vão para fora", explica. Após uma "seleção criteriosa", os estagiários "levam know-how para as organizações lá fora". Segundo João José Ferreira, "há uma integração muito positiva e um valor acrescentado para a organização". Além disso,prossegue, "o programa é uma ótima forma de recrutar. Se no currículo tiver INOV Contacto, temos garantias de que é um candidato para assumir funções".