quinta-feira, 29 de setembro de 2016

10 comportamentos que estão a destruir o teu carro

Fiabilidade, um dos itens mais valorizados no momento da aquisição e um dos que é mais menosprezado durante a vida do automóvel. 10 comportamentos que deves evitar a todo custo em nome da fiabilidade.


Ao contrário do que muitas pessoas possam pensar, a fiabilidade de um automóvel não está apenas dependente da qualidade de construção e do material empregue em determinados componentes. O tipo de utilização e o cuidado que os condutores colocam na condução também contribuem significativamente para a longevidade do automóvel. É por isso que há automóveis com 10 anos que parecem novos e outros, com menos quilómetros e menos anos, que parecem vítimas de bullying.


Há uma série de avarias, problemas e gastos desnecessários que podem ser evitados, bastando para isso um cuidado maior por parte dos proprietários. Comportamentos que a curto prazo parecem inofensivos mas que no longo prazo apresentam uma fatura bastante onerosa, seja na altura da reparação ou até mesmo na venda. Tendo isto em consideração, reunimos uma lista de 10 comportamentos que podem ajudar-te a prolongar a vida do teu automóvel e a evitar dissabores na hora de encarar uma oficina.
  1. Não puxar pelo motor – Na maioria dos motores, a faixa ideal de funcionamento situa-se entre as 1.750 rpm e as 3.000 rpm (nos motores a gasolina estende-se um pouco mais). Circular abaixo deste regime provoca um stress desnecessário no motor, uma vez que é mais difícil para a mecânica vencer os pontos mortos e a inércia mecânica. Conduzir em regimes baixos promove ainda a acumulação de resíduos nos componentes internos do motor.
  2.  Não esperar que o motor aqueça – É outro dos hábitos que promove o desgaste prematuro do motor. Esforçar o motor antes que este atinja a sua temperatura normal de funcionamento tem implicações graves na correta lubrificação de todos os componentes. Além do mais, porque nem todos os componentes do motor são fabricados com recurso aos mesmo materiais, nem todos aquecem ao mesmo tempo. Esperar que o motor aqueça antes de seguir viagem reduz a fricção e aumenta a esperança de vida dos componentes.
  3. Acelerar para aquecer o motor –  Algo que era muito comum há uns anos mas que se vê cada vez menos: acelerar absurdamente o motor antes de arrancar para aquecer o motor. Pelos motivos que anunciámos no item anterior: não faças isso. O motor não está quente o suficiente para atingir regimes de rotação elevados.
  4. Não respeitar os intervalos de manutenção e mudança de óleo – É um dos pontos mais críticos na correta utilização de um automóvel. Respeitar os intervalos de manutenção indicados pelo fabricante é fundamental. Tal como os componentes mecânicos, também o óleo, filtros e demais correias têm uma determinada validade. A partir de determinado momento deixam de cumprir a sua função corretamente. No caso do óleo, deixa de lubrificar e no caso dos filtros (de ar ou óleo), deixam de… isso mesmo, filtrar.Neste particular tem em consideração não só a quilometragem percorrida mas também o tempo entre cada intervenção.
  5. Descansar o pé em cima do pedal de embraiagem – Uma das avarias mais recorrentes por má utilização sucede no sistema de embraiagem. Deves pressionar sempre o pedal até ao fim do seu curso, mudar a velocidade engrenada e retirar completamente o pé do pedal. Caso contrário haverá contacto entre a transmissão e o movimento promovido pelo motor. Resultado? A embraiagem desgasta-se mais rapidamente. E já que falamos da embraiagem, aproveitamos também para alertar que a mão direita não deve repousar em cima do manipulo das mudanças para não forçar os tirantes da caixa (as peças que indicam à caixa a mudança que queremos engrenar).
  6. Abusar do limite da reserva de combustível – Além de aumentar o esforço que a bomba de combustível tem de fazer para levar o combustível até ao motor, deixar o depósito praticamente seco faz com que os resíduos que se acumulam no fundo deste sejam puxados para o circuito de combustível, podendo entupir o filtro de combustível e obstruir os injetores.
  7. Não deixar o turbo arrefecer –  O turbo é um dos componentes que atinge maiores temperaturas na mecânica do automóvel. Contrariamente aquilo que é comum, devemos aguardar alguns segundos (ou 1 minuto ou 2, caso a condução tenha sido intensa) para que a lubrificação arrefeça o turbo de forma progressiva. Os turbos não são componentes baratos e esta prática aumenta consideravelmente a sua longevidade.
  8. Não vigiar a pressão dos pneus – Circular com pressões muito baixas aumenta o desgaste irregular do pneu, aumenta os consumos e coloca a tua segurança em perigo (maiores distâncias de travagem e menor aderência). De mês a mês deves rever a pressão dos pneus.
  9. Desvalorizar o impacto nos passeios e lombas – Quando sobes um passeio ou passas com velocidade excessiva sobre uma lomba, não são só os pneus e suspensões que sofrem. Toda a estrutura do carro sofre com o impacto e há componentes que se podem desgastar prematuramente. Os triângulos, apoios do motor e demais componentes da suspensão do automóvel são elementos caros e que dependem muito do nosso estilo de condução para se manterem funcionais durante mais tempo.
  10. Abusar reiteradamente dos travões – É verdade, os travões servem para travar mas há alternativas. Nas descidas, podes substituir o pé no travão por uma relação de caixa mais baixa, travando desta forma o ganho de velocidade. Tende a antecipar o comportamento do condutor que segue à tua frente e evita travagens bruscas ou longas no tempo.
Estes 10 comportamentos não vão garantir que o teu carro não vai falhar, mas pelo menos reduzem as possibilidades de avarias e reparações onerosas. Caso aches interessante, partilha com aquele amigo/a que não tem muito cuidado com o seu bólide.

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